O Exército Profissional

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A nova ferramenta Imperial - o Exército profissional

Introdução

Posições de tiro, de um manual nacional de 1858.

A década de 1850 veria uma profunda modificação nas forças armadas brasileiras e, principalmente, no Exército.

Este é o momento em que surge uma força verdadeiramente profissional, com o fim de velhos vícios herdados de Portugal, como o nepotismo – lembremos que o futuro Duque de Caxias foi alistado por seu pai com cinco anos, como uma forma de ganhar se, esforço antigüidade sobre os seus colegas, isso graças à situação da família – uma prática de favorecimento comum então. Mas não foi somente a lei de promoções de 1850 (que criou critérios mais claros de promoções: apenas por mérito, antigüidade e estudos) que pode ser apontado como fator de modernização do Exército.

O coronel Osório lidera a entrada das forças brasileiras em Buenos Aires, 1852. Acervo do Museu Militar Conde de Linhares.

Outro seria a criação da Comissão de Melhoramentos do Material do Exército, voltada à pesquisa e desenvolvimento em todos os campos do material bélico. Os trabalhos da Comissão logo deram resultados, com a adoção de diversos novos equipamentos (pontes de campanha, equipamentos de comunicação etc.), os primeiros fortes de desenho científico construídos no país, manuais redigidos especificamente para o Brasil, e não textos estrangeiros traduzidos, terminando com os primeiros fuzis de retrocarga do Exército. Em um curto espaço de 20 anos foram experimentados– e descartados – sete diferentes tipos de espingardas e carabinas, na busca da arma ideal.

As forças reequipadas, retreinadas e reorganizadas, baseadas em um país com ordem interna consolidada, puderam ser usadas como ferramenta da diplomacia imperial, atuando no Prata. Intervenções no Uruguai e Argentina em 1852-53, Uruguai em 1854 e 1856, Paraguai em 1854, novamente no Uruguai em 1863, até o grande conflito da história brasileira, a Guerra do Paraguai, em 1864, mostram essa atuação. Para estas guerras, ao contrário do que tinha acontecido em conflitos anteriores, o Brasil estava preparado – pelo menos no que tange ao material bélico.

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