A Guerra do Paraguai teve importantes impactos na formação do Exército, tanto positivos quanto negativos. Um verdadeiro exército profissional, capaz de se adaptar às necessidades da moderna guerra do período da Revolução Industrial, tinha surgido, equipado com os mais modernos equipamentos da sua época: clavinas de repetição, balões de observação, canhões raiados, telégrafo, etc.

Os custos da guerra, contudo, foram tremendos, tanto em termos de vidas como monetários: as dívidas contraídas para a guerra levaram décadas para serem pagas. Talvez mais importantes, tenham sido as conseqüências psicológicas do conflito nas elites. O Exército de antes, ferramenta da diplomacia imperial, nunca mais foi usado da mesma forma que tinha sido nas décadas de 1850 e 1860.

Naturalmente, essas conseqüências implicaram em uma redução na taxa de crescimento da Força e, principalmente, nos investimentos feitos nela Isso implicou em menores mudanças técnicas, especialmente quando comparado ao período anterior. Se entre 1850 e 1868 o Exército tinha adotado oito armas diferentes, cada uma ligeiramente superior a anterior, o período de vinte anos seguintes veria a adoção de apenas duas novas – e estas no início do período (1872-1873).

A evolução técnica no resto do mundo não tinha parado contudo, de forma que no final do Império o armamento usado aqui já estava razoavelmente ultrapassado. A percepção deste problema era bem clara no período, tanto é que um dos argumentos lançados pelos oficiais que estavam fazendo a agitação republicana foi o boato – ridículo – que as velhas Miniés seriam novamente distribuídas à tropa, como um golpe ainda maior à eficiência da Força, já que a arma em uso, a Comblain, já não mais podia ser considerada como "moderna".

O golpe militar que derrubou o Império alteraria essa situação de descaso com a Força, com uma retomada nos investimentos na compra de armas: no período de 1892 a 1895, o exército adotaria três novos tipos de carabinas, a procura do modelo ideal, finalmente encontrado nas Mausers, que seguiriam em uso até a década de 1960.