O território que hoje forma o Brasil no momento da chegada dos navegadores europeus, era ocupado por dezenas de grupos indígenas, que não podem ser “colocados em um mesmo saco”. Línguas, usos, costumes, artefatos, armas, tudo isso sofria grandes variações de região para região, indo das complexas culturas da Região Norte (Marajoara) até grupos de caçadores-coletores nômades, como algumas tribos do interior do Espírito Santo.
Além disso, todos os grupos, assim como os europeus do período, deve-se frisar, estavam em um período pré-industrial, de forma que não havia produção em série. Cada arma era um artefato único, resultado do gênio criativo de um artesão – uma obra de arte individual, diferente de todas as outras, mesmo que muito parecidas. E isto dentro de uma mesma cultura, sem considerar as diferenças entre grupos de culturas diferentes.
Assim, só podemos fazer algumas observações gerais sobre o assunto “armas indígenas” – e mesmo estas devem ser vistas com muito cuidado, pois nem sempre o que for escrito vai representar a realidade de um determinado grupo indígena.